Santa Casa implanta projeto de sustentabilidade ambiental
10/02/2022
Tecnologia, segurança e proteção de dados. Essas são as palavras-chaves que integram o novo projeto da Santa Casa de Votuporanga denominado “Saúde Sem Papel”. A iniciativa terá início na próxima semana e vai agilizar ainda mais o atendimento. “Saúde Sem Papel” cria um sistema de prontuário eletrônico que visa facilitar o acesso aos dados do paciente, integrar as informações, reduzir os custos de impressão, além de aprimorar a segurança dos arquivos. A Instituição prevê uma economia de papel de 33 a 45% com a ação, impactando no orçamento e possibilitando que este recurso possa ser aplicado em outras áreas, especialmente assistencial. O projeto foi desenvolvido pelo setor de Tecnologia da Informação (TI) da Santa Casa e integra diversos setores. A ferramenta envolve equipes do TI, médicos, enfermeiros, colaboradores do Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME), da Comunicação, entre outros. O gerente de TI, Daniel Martinez, deu detalhes da iniciativa. “O prontuário eletrônico do paciente (conhecido como PEP) é uma ferramenta que moderniza o acesso às informações e histórico de saúde de um paciente. Ele tem como base a definição do Conselho Federal de Medicina sobre prontuário, que o define como um documento com todos os dados clínicos de uma pessoa”, disse. O PEP contém anotações, exames, imagens e todo o tipo de documento que componha os fatos médicos acerca da saúde da pessoa. É como um guia para embasar o entendimento sobre a condição médica do paciente. “Ele armazena e disponibiliza os dados do paciente. É um sistema que possibilita aos profissionais de saúde registrarem informações (anotações, exames, prescrições) que podem ser acessadas facilmente”, complementou. Como vai funcionar? Atualmente, o corpo clínico preenche os documentos, imprime e assina. Com o investimento, o profissional elaborará a ficha de atendimento, o pedido de exames, a receita e ainda utilizará sua assinatura eletrônica, que possui validade jurídica sem necessidade de impressão. Vale ainda ressaltar a agilidade que a assistência ganhará, com a tecnologia a favor. O paciente sairá da Santa Casa apenas com documentos essenciais como pedido de receita, atestado e encaminhamento, evitando ainda perdas ou esquecimento no ambiente hospitalar. Vantagens Os documentos originais devem ser guardados pelos médicos e estabelecimentos de saúde por, no mínimo, 20 anos a partir da data do último registro de atendimento do paciente em questão. Após esse período, os documentos originais podem ser destruídos, desde que as informações sejam armazenadas de outras maneiras. Com um prontuário eletrônico, o armazenamento desses documentos é facilitado, com acesso fácil e em tempo real. Confira as vantagens: - Redução nos gastos de papel Com um prontuário eletrônico, a Santa Casa se livra dos custos (e dos riscos, claro) para modernizar o acesso e o armazenamento dos documentos, aumentando sua vida útil. - Integração das informações Os diagnósticos são feitos com base no histórico do usuário e podem levar em consideração fatores como alergias, tratamentos bem-sucedidos e necessidades constantes. - Facilidade do acesso aos dados do paciente Com as informações dispostas também no meio virtual, é possível acessá-las em um sistema interno, o que traz velocidade no atendimento e diagnóstico dos pacientes. - Segurança dos dados As informações dispostas em cada prontuário médico eletrônico são mais seguras, já que os erros humanos são menores e o sistema tem mecanismos de defesa modernos e atuais. Pioneiro A implantação do projeto no Hospital encerra um ciclo que teve início em 2018, com o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Santa Fé do Sul, seguido das unidades de Jales, Votuporanga e SanSaúde, convênio da Instituição. A ação substitui toneladas de acúmulo de prontuários físicos do Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME), além de acabar com os gastos de impressões. Em todos os serviços, a redução nos custos foi de aproximadamente 40%, além de outros benefícios. O provedor da Santa Casa, Dr. Roberto Biazi, ressaltou a iniciativa. “Foi um trabalho integrado, de diversos setores, com foco mesmo na modernização de processos. Iniciamos a ação de forma experimental no AME de Santa Fé do Sul, adequando e melhorando a interface para implementarmos no Hospital. O prontuário eletrônico vai ao encontro com a Lei Geral de Proteção de Dados, com foco na segurança das informações. Estamos muito satisfeitos com os resultados e, principalmente, porque reforça nosso compromisso contínuo em aperfeiçoar nossa assistência, tendo como pilar a qualidade, humanização e tecnologia”, finalizou.