Santa Casa de Votuporanga é homenageada por excelência na captação de órgãos e reafirma compromisso com a vida
02/10/2025
Em um cenário em que a solidariedade pode mudar destinos, a
Santa Casa de Votuporanga foi reconhecida por sua contribuição
significativa à doação de órgãos e tecidos no Estado de São Paulo.
A Instituição recebeu uma homenagem especial urante o IV Encontro
das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos
para Transplante (CIHDOTTs), realizado na UNIP Indianópolis, em
São Paulo, como parte das ações do Setembro Verde – mês dedicado à
conscientização sobre a importância da doação de órgãos.
A premiação é promovida pela Central Estadual de Transplantes de
São Paulo e destaca as instituições de saúde que mais se dedicam à
sensibilização de famílias e à viabilização de transplantes,
contribuindo diretamente para salvar vidas.
A homenagem recebida é mais do que um reconhecimento técnico: é o
reflexo de um trabalho movido por humanidade, empatia e pelo
respeito à vida em seus momentos mais delicados.
Equipe que acolhe, transforma e salva vidas
A Santa Casa de Votuporanga esteve representada no evento por
profissionais que são referência em sua atuação:
Fernanda d’Ávila, gestora estratégica de Assistência,
Qualidade e Segurança do Paciente
Adriano Marques, coordenador da Qualidade
Daisy Vitor, gerente de Enfermagem
Bruno Chiquetto, enfermeiro da CIHDOTT
“É um reconhecimento que emociona, pois celebra cada vida que
pôde recomeçar por meio da doação. Agradecemos especialmente às
famílias que, mesmo em um momento de dor profunda, disseram sim à
vida de outras pessoas”, destaca Fernanda d’Ávila.
Como acontece a captação de órgãos?
Uma jornada silenciosa, feita com respeito, técnica e um
profundo amor ao próximo.
Por trás de cada transplante bem-sucedido, há um processo
cuidadoso, delicado e profundamente humano. A captação de órgãos é
uma verdadeira corrente de solidariedade que exige preparo
técnico, empatia e ética em cada etapa.
Conheça como essa jornada acontece:
1. Identificação do possível doador
Tudo começa com a avaliação médica criteriosa de um paciente
com morte encefálica ou parada cardiorrespiratória irreversível.
Somente médicos capacitados, seguindo protocolos rigorosos, podem
confirmar o diagnóstico de forma definitiva.
2. Comunicação à CIHDOTT
Confirmado o quadro clínico compatível com a doação, o caso é
notificado à CIHDOTT – Comissão Intra-Hospitalar de Doação de
Órgãos e Tecidos para Transplantes. A partir daí, a comissão
assume o acompanhamento, com total respeito à dignidade do
paciente e de sua família.
3. Acolhimento e conversa com a família
Esse é o momento mais sensível e humano de todo o processo.
A equipe — composta por médicos, enfermeiros e, muitas vezes,
psicólogos — acolhe a família com escuta, empatia e informação
clara. A decisão é exclusivamente da família e precisa ser tomada
com apoio, serenidade e respeito. Dizer “sim” à doação é um ato de
generosidade imensurável, especialmente em meio à dor da perda.
4. Avaliação dos órgãos e testes de compatibilidade
Com a autorização familiar, são realizados exames para avaliar
a viabilidade de cada órgão e a compatibilidade com os pacientes
que aguardam na fila de transplante. O cuidado é extremo: cada
detalhe conta para garantir a segurança do receptor e o sucesso do
procedimento.
5. Captação cirúrgica
Uma equipe médica altamente especializada realiza a retirada
dos órgãos com técnica apurada, dignidade e profundo respeito.
Todo o processo segue normas éticas e legais, preservando ao
máximo a integridade e a memória do doador.
6. Transporte e transplante: a vida recomeça
Após a captação, os órgãos são transportados com urgência para os
hospitais onde os receptores aguardam. Tempo é vida.
Em cada voo, em cada ambulância, corre a esperança. E, no destino,
uma nova chance floresce.
Doação de órgãos: um gesto que transforma a dor em esperança.
A Santa Casa de Votuporanga se orgulha de fazer parte dessa
rede de amor, respeito e compromisso com a vida.
Números que representam esperança
De janeiro até agora, a Santa Casa de Votuporanga viabilizou a
captação de 54 órgãos, sendo:
42 córneas
8 rins
4 fígados
Esses resultados são fruto de um trabalho incansável, feito com
ética, planejamento e principalmente, com respeito às decisões das
famílias envolvidas. O papel da CIHDOTT da Santa Casa é garantir
que o processo aconteça de forma técnica, segura, mas sem jamais
perder a sensibilidade diante da dor.
Doar é perpetuar o amor
Ser homenageada entre as instituições que mais se destacam no
Estado reforça a posição da Santa Casa de Votuporanga como
referência em captação de órgãos — e também como exemplo de
cuidado humanizado.
A Santa Casa reafirma seu compromisso de continuar promovendo a
conscientização sobre a importância da doação de órgãos,
combatendo tabus, informando a população e acolhendo cada família
com o carinho e respeito que esse gesto merece.
Porque doar é, antes de tudo, um ato de amor. E amor, quando
compartilhado, tem o poder de continuar vivendo — em outras
pessoas, em outras histórias, em outras vidas.