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Dia Mundial da Sepse: a luta nunca para!

Anualmente, a sepse é responsável por 11 milhões de mortes no mundo. Já no Brasil, são registrados aproximadamente 400 mil casos de sepse em pacientes adultos, com uma taxa de mortalidade de 60%, o que equivale a 240 mil óbitos, segundo dados do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS).

Pensando nisso, foi criado em 2012 o Dia Mundial da Sepse, comemorado no dia 13 de setembro, que visa conscientizar a população e profissionais de saúde sobre a infecção. A Santa Casa de Votuporanga, que é parceira da ILAS, também realizou palestras e rodas de conversa sobre o tema na última sexta-feira.

“A sepse é uma enfermidade que se não tratada de forma precoce e imediata, se espalha rapidamente pelo corpo e afeta o sistema imunológico, dificultando o funcionamento dos órgãos, podendo levar à morte”, explica Fernanda Medeiros, enfermeira clínica responsável pelo protocolo de sepse da Santa Casa.

Os principais afetados são idosos acima de 65 anos, pacientes com câncer, AIDS ou que fizeram uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo. Outras pessoas vulneráveis são pacientes com doenças crônicas como insuficiência cardíaca, insuficiência renal, diabetes, usuários de álcool e drogas, pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, cateteres ou sondas.

“Entre os principais sintomas de sepse, podemos destacar: febre, hipotermia; tonturas; vômitos; fraqueza extrema; diminuição na função do coração e dos rins; taquicardia; calafrios”, conta a enfermeira.


Santa Casa na Luta Contra Sepse


    A Santa Casa de Votuporanga comemorou o Dia Mundial da Sepse com palestras e roda de conversa com seus profissionais da saúde, apresentando os dados coletados dentro da instituição, sobre o tema, nos últimos anos.

    “Desde quando implementamos o protocolo de sepse a nossa taxa de mortalidade por conta da infecção foi de 45,77% em 2022 para 19,51% em 2024. Então é uma melhora significativa, por conta da diligência da nossa equipe assistencial”, diz Adriano Flávio Marques, gerente de Qualidade da Santa Casa de Votuporanga.
    
    O evento contou ainda com o reforço do protocolo de sepse, implementado em 2019. “Dentro do protocolo de sepse existe um pacote de assistência, que os profissionais precisam utilizar e tudo é padronizado. Então tem a questão da gente conseguir fazer a identificação dos sinais e sintomas, de dar o antibiótico adequado dentro da primeira hora, de dar a quantidade de volume adequada dentro dessa primeira hora, e de fazer o exame correto também dentro desse período”, finaliza o gerente.