Dia Mundial da Sepse: a luta nunca para!
16/09/2024
Anualmente, a sepse é responsável por 11 milhões de mortes no
mundo. Já no Brasil, são registrados aproximadamente 400 mil casos
de sepse em pacientes adultos, com uma taxa de mortalidade de 60%,
o que equivale a 240 mil óbitos, segundo dados do Instituto Latino
Americano de Sepse (ILAS).
Pensando nisso, foi criado em 2012 o Dia Mundial da Sepse,
comemorado no dia 13 de setembro, que visa conscientizar a
população e profissionais de saúde sobre a infecção. A Santa Casa
de Votuporanga, que é parceira da ILAS, também realizou palestras
e rodas de conversa sobre o tema na última sexta-feira.
“A sepse é uma enfermidade que se não tratada de forma precoce e
imediata, se espalha rapidamente pelo corpo e afeta o sistema
imunológico, dificultando o funcionamento dos órgãos, podendo
levar à morte”, explica Fernanda Medeiros, enfermeira clínica
responsável pelo protocolo de sepse da Santa Casa.
Os principais afetados são idosos acima de 65 anos, pacientes com
câncer, AIDS ou que fizeram uso de quimioterapia ou outros
medicamentos que afetam as defesas do organismo. Outras pessoas
vulneráveis são pacientes com doenças crônicas como insuficiência
cardíaca, insuficiência renal, diabetes, usuários de álcool e
drogas, pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos,
cateteres ou sondas.
“Entre os principais sintomas de sepse, podemos destacar: febre,
hipotermia; tonturas; vômitos; fraqueza extrema; diminuição na
função do coração e dos rins; taquicardia; calafrios”, conta a
enfermeira.
Santa Casa na Luta Contra Sepse
A Santa Casa de Votuporanga comemorou o Dia Mundial da Sepse
com palestras e roda de conversa com seus profissionais da saúde,
apresentando os dados coletados dentro da instituição, sobre o
tema, nos últimos anos.
“Desde quando implementamos o protocolo de sepse a nossa taxa
de mortalidade por conta da infecção foi de 45,77% em 2022 para
19,51% em 2024. Então é uma melhora significativa, por conta da
diligência da nossa equipe assistencial”, diz Adriano Flávio
Marques, gerente de Qualidade da Santa Casa de Votuporanga.
O evento contou ainda com o reforço do protocolo de sepse,
implementado em 2019. “Dentro do protocolo de sepse existe um
pacote de assistência, que os profissionais precisam utilizar e
tudo é padronizado. Então tem a questão da gente conseguir fazer a
identificação dos sinais e sintomas, de dar o antibiótico adequado
dentro da primeira hora, de dar a quantidade de volume adequada
dentro dessa primeira hora, e de fazer o exame correto também
dentro desse período”, finaliza o gerente.