Santa Casa de Votuporanga realiza mais uma captação e leva esperança a quem espera por um recomeço
09/10/2025
Mais uma vez, a Santa Casa de
Votuporanga foi cenário nesta quinta-feira (9/10) de um gesto de profunda
humanidade: a doação de órgãos que poderá transformar a vida de várias pessoas
em todo o país.
O doador, um homem de 55 anos,
morador de Votuporanga, teve sua morte confirmada por morte encefálica. Em um
momento de dor e despedida, sua família fez a escolha de permitir que a vida
continuasse — agora, por meio de outros corpos, outras histórias.
Foram captados córneas, rins,
fígado e válvulas cardíacas, levando esperança a pacientes que aguardam por um
transplante e pela chance de recomeçar.
Todo o processo foi conduzido com
respeito, profissionalismo e humanidade pela CIDOTT — Comissão Intra-Hospitalar
de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante da Santa Casa de Votuporanga, em
parceria com a equipe da Organização de Procura de Órgãos (OPO). A atuação da
CIDOTT é fundamental para garantir que, mesmo em meio à dor da perda, o amor
encontre caminho para florescer em forma de doação.
“Cada captação representa não apenas a
generosidade de uma família, mas também o trabalho incansável de uma equipe
comprometida em transformar o luto em esperança. Agradecemos à família do
doador e a todos os profissionais envolvidos”, destaca a coordenadora da CIDOTT,
Fernanda Bueno.
Doação de órgãos no Brasil
Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), mais
de 50 mil pessoas aguardam por um transplante no Brasil, sendo os rins e o
fígado os órgãos mais demandados.
Em 2024, o país registrou avanços importantes, mas a taxa de autorização
familiar ainda é um desafio: cerca de 40% das famílias ainda dizem
"não" à doação, muitas vezes por desconhecerem a vontade do ente
querido.
É por isso que a conversa em casa
é essencial. Dizer que você é doador pode ser a diferença entre a vida e a
morte para alguém.
A Santa Casa de Votuporanga reforça
que a decisão de doar começa com uma escolha consciente e solidária, e é
fundamental que ela seja compartilhada com a família.