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Live: psicólogo explica sobre depressão e suicídio

  A Santa Casa de Votuporanga realizou uma live sobre a campanha Setembro Amarelo nesta quinta-feira (16/9), no Instagram da Instituição. Na oportunidade, o psicólogo do Hospital, Igor Parise, explicou a relação do suicídio com os transtornos mentais, incluindo depressão. Ele frisou que 90% dos casos estão associados às patologias como depressão, ansiedade, Borderline e bipolaridade. “São doenças que necessitam de tratamentos terapêutico e psiquiátrico, aliados com medicamentoso”, disse. O profissional também falou da diferença de desânimo com depressão. “As pessoas que sofrem de transtorno depressivo apresentam desânimo, não tem energia e nem vontade de ver as pessoas, fazer as coisas que gostava. Mas é importante reforçar que se sentir deprimido é diferente de estar depressivo”, afirmou. Pensamento x Suicídio Igor explicou que, em algum momento difícil, qualquer pessoa pode dizer sobre suicídio. “É normal. Mas se você conhece alguém que já está falando disso muito tempo ou até planejando como seria a vida dos seus familiares sem ele, fica o alerta. É necessário conversar sobre esse sofrimento”, falou. O psicólogo ressaltou que todo sofrimento importa. “Não podemos desvalorizar a dor que o outro sente. Existem indivíduos que não conseguem falar abertamente, às vezes por vergonha ou medo. Mas eles apresentam comportamentos, como por exemplo ficar isolado no quarto por dias, não comer ou até mesmo deixar de tocar algum instrumento que gosta”, complementou. Principais sinais O profissional elencou os principais sinais. “Se a pessoa fala sobre a ausência dela, organiza algumas áreas como pedir demissão, terminar relacionamento, é um indício de que ela está pensando em executar essa tentativa de suicídio”, contou. Entre os pré-adolescentes, por exemplo, nota-se um aumento no nível de agressividade. “Também há casos de isolamento e ausência de relacionamento”, disse. Pandemia Ele ressaltou a importância da campanha. “Sempre é momento de falar de prevenção ao suicídio. Durante a pandemia, percebemos muitos agravos na saúde mental. Muitas pessoas já sofriam antes do Coronavírus e estão lidando com suas dores ainda mais agora”, disse. Como ajudar Igor ressaltou a importância de acolher quem está em sofrimento. “Tem que ficar por perto, ligar, mostrar que importa. Saber ouvir sem criticar, sem julgamento. Pode ser que naquele momento, o indivíduo não queira ajuda. Mas não significa que vai continuar recusando, nos podemos ser uma ajuda de grande valia, se aproximando. Se ela recusar auxílio em outro momento, insista de novo, mas nunca criando pressão e obrigando a ir até um profissional, salvo os casos de tentativas em que é fundamental o atendimento de urgência e emergência”, finalizou.