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Pós-COVID: fisioterapeuta reforça importância da reabilitação

A recuperação da COVID-19 vai, muitas vezes, além da alta hospitalar. Vários pacientes, principalmente os que tiveram complicações e permaneceram internados por longos períodos, voltam para casa com sequelas que impactam sua saúde. E foi exatamente este o tema da live da Santa Casa de Votuporanga promovida nesta quarta-feira (7/7), no seu Instagram. O convidado foi o fisioterapeuta do Hospital, Luciano Cegana. Luciano ressaltou que a reabilitação deve começar o quanto antes. “O início deve ser precoce. Quanto antes, melhor vai ser o desfecho do paciente com a intervenção e intensidade certas, sem perder a continuidade. Cada ação influencia seis meses depois após a alta”, frisou. Fisioterapia hospitalar Ele ressaltou a atuação da fisioterapia na Instituição. “Somos uma equipe com 37 profissionais. Cuidamos desde a admissão deste paciente COVID-19, desde que seja na emergência ou que venha de outra instituição. Avaliamos de acordo com a gravidade da doença, assistindo em todos os aspectos”, disse. Luciano frisou que a equipe é especializada, com profissionais de diversas expertises. “Temos muitos recursos no Hospital como ventiladores mecânicos ultra processados, com transmissão de dados muito confiáveis, ventiladores mecânicos portáveis que permitem transporte dos pacientes e dispositivos de transferência ativa assistida - guinchos, prancha ortostática, elevador, eletroestimulador -, acelerando processo de recuperação em todas as fases do tratamento. Isso é possível também porque nossos protocolos são baseados em evidência, oferecendo um resultado mais positivo”, enfatizou. O fisioterapeuta contou também da atuação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Oferecemos assistência também na UTI. Sabemos que a COVID-19 tem fases específicas e que cada tratamento possui um tipo de intervenção”, complementou. Sequelas O profissional explicou que, nos artigos científicos mais atuais, são apresentados mais de 55 sintomas de pacientes acometidos, com pós-alta. “Em 80% destes casos, terão apenas um destes sintomas persistentes e a fisioterapia pode auxiliar neste sentido. As sequelas mais comuns são fadiga, dor de cabeça, distúrbios de atenção, perda de cabelo e dispneia (falta de ar)”, contou. Luciano disse ainda que 50% dos pacientes que foram hospitalizados pedem nível de cuidado maior. “Muitos devem continuar processo de reabilitação no ambulatório. Aqueles que necessitaram de UTI podem ter alteração de nervos periféricos, diminuição de força e até mesmo 30% dos pacientes podem ter readmissão hospitalar em seis meses”, finalizou.