Psicologia na Santa Casa: esperança e acolhimento para pacientes COVID-19
01/03/2021
O dia a dia de um hospital pode ser muito estressante para o paciente, principalmente em tempos de pandemia do Coronavírus (COVID-19), quando a insegurança e a incerteza são constantes. A humanização do atendimento é indispensável para proporcionar acolhimento e reforçar os cuidados aos internados por Covid-19. Na Santa Casa de Votuporanga, a missão diária é de acolher, assistir, desenvolver e gerir com o melhor de todos nós. Os pacientes têm recebido esperança como um reforço extra para amenizar a saudade e a dor de quem está longe de seus familiares. A Psicologia atua no tratamento da COVID-19 auxiliando para adesão do tratamento, conscientizando as medidas de proteção, manejo de sintomas ansiosos, medo e habilidades para lidar com o isolamento. “Devido ao cenário de internações e/ou a gravidade da doença em algumas situações, muitos apresentam sofrimento emocional. O intuito do nosso serviço é amenizar a agonia, ajudar a desenvolver habilidades para enfrentar as situações angustiantes e que fogem do controle”, contou a psicóloga Lucilene Andrade. Junto com a patologia, surgiram novos desafios. Os acolhimentos com familiares, antes feitos de forma presencialmente, se transformaram em contatos telefônicos e videochamadas. “Nas unidades de internação, após solicitação da equipe, são feitos avaliação e acompanhamento psicológico. Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI)s, o atendimento é realizado aos pacientes lúcidos e orientados. Diante da impossibilidade de receberem visitas, usamos a tecnologia ao nosso favor. Com a chamada de vídeo, conseguimos levar ao paciente a emoção de ouvir a voz e ver o rosto familiar”, afirmou. Estudos em todo o mundo já demonstraram a eficácia do tratamento humanizado e como ele contribui para a melhora do quadro de saúde de pacientes e da redução da sensação de medo e estresse causados pela internação. “A possibilidade deles verem seus familiares durante a hospitalização traz vários benefícios, pois, possibilita o contato afetivo. O assistido, consequentemente, fica mais calmo, favorecendo melhor adesão ao tratamento. Os familiares se sentem participativos nessa fase que o paciente se encontra”, disse. Após meses de pandemia, a ansiedade é o que mais prevalece. “Os sintomas, as internações, várias medicações, a distância de quem ama, de casa e do trabalho, os procedimentos e afins, trazem muito medo, gerando muita ansiedade”, ressaltou Lucilene. O provedor da Santa Casa, Luiz Fernando Góes Liévana, contou que a Psicologia atua juntamente com a equipe multidisciplinar. “Profissionais de diferentes áreas, dentro das suas especialidades, trabalham em conjunto por um objetivo comum: o bem-estar integral do paciente. Agradecemos cada um que tem se dedicado, inovando projetos, novas ações, com o objetivo de sempre: salvar vidas”, finalizou.